(Também quero)


Hare Krishna

Hare Krishna

Krishna Krishna

Hare Hare

Hare Rama

Hare Rama

Rama Rama

Hare Ha...

Os religiosos se calam e abrem caminho para o sujeito: ele era mau e exalava malignidade. E poder, muito poder. Isso estava em negrito em sua aura.

E seu sangue ebulia: o dia começou errado. Ninguém merece internet fora do ar logo de manhã. Ficar insistindo por duas horas seguidas uma maldita conexão de merda que não parava de cair para no fim das contas não ver ela online. Beber café gelado por que esqueceu de tomar quando estava fresco por causa de algum imbecil que decidiu mexer em alguma porra de cabo em alguma merda de lugar e fez minha conexão sequer conectar. Merda.

Aaaaah, por que eu deixo esse mundo viver? Ele não é como eu quero! - Sua respiração era pesada e quente como uma fornalha - Tenho poder para ferrar com tudo, vou junto, mas acabo com essa porra de planeta. MALDITO TÉCNICO DE TELEFONIA, eu te pego!! Não, levo tudo mesmo. Tá na hora de fazer o que nasci para fazer: acabar com tudo - seus passos eram como se para espantar a esperança pousada no ombro das pessoas. Mas eles acabaram: estava parado no meio da avenida. Uma multidão de transeuntes passavam por ele sem se dar conta que um dos pilares do fim do mundo estava entre eles. A Terra acabaria por causa de um motivo imbecil. Bem, tava na cara que ia ser assim...


No céu, os anjos da guarda se perguntavam quem dormiu no ponto e deixou isso acontecer. Quase trinta anos de zelos, mimos e cuidados para não irritar a fera indo por água a baixo. Eles até estavam pegando o jeito de deixar ele contente... foi uma alegria no céu quando descobriram que nasceu menino e não menina: "ao menos não vamos nos preocupar com crises de TPM" "ah, claro, testosterona circulando entre suas hemácias e você acha que..." "VIRA ESSA BOCA PRA LÁ!"


Olhos fechados no meio da rua. Seu coração batia fazendo a contagem regressiva para a detonação. Nada restaria, tudo seria consumido. O ar saia ruidoso dos seus pulmões. Abriu os olhos. Só precisava de um motivo.




- O teu troco, moço. Quer uma pazinha?

- Quero.

Chocolate. O meu preferido.

Ai de vós, mundo, se os sorveteiros entrarem em greve.


amen.





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