AVISO

A história a seguir é um documento fiel os fatos - fatos estes não-ocorridos onde quer que você viva ou simplesmente exista, eles aconteceram com pessoas específicas, num tempo específico e numa realidade específica que não é a sua. Mas verdadeiramente aconteceram como relatarei, exceto as falas: assim como árvores genealógicas, idiomas são muito sensíveis à alterações de linhas de tempo, e quanto mais nos afastamos para trás, para frente ou para os lados na história, mais incompreensíveis serão os falares de seus habitantes para nós.

Assim, na medida do possível, traduzi diálogos, frases ou termos para a sua língua corrente, leitor, exceto alguns lapsos meus e quando quis dar aos diálogos um pouco do "sabor" da variedade de língua portuguesa falada por estas pessoas que, para você, são imaginárias.






1999, 3 de agosto


O dia encerrava pincelando o horizonte com tons de ouro e fogo, ao mesmo tempo em que o firmamento lentamente assumia tons cada vez mais próximos do preto. Logo o mundo estava escuro o suficiente para que a dança azul e vermelha das luzes dos carros de polícia tingisse os muros, postes e a pequena multidão de curiosos que se acotovelava em torno do bueiro escancarado pela enxurrada. Dentro dele, ossos de uma criança morta há anos, eram recolhidos, etiquetados e guardados em bolsas transparentes para serem levados aos médicos legistas.


"Quem me acordou? Estava tão bom aqui..."



[continua...]





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